Por Joana Queiroz
Apontado pela polícia como um “serial killer” (assassino em série, em inglês), Natan de Melo Furtado, o “Giban”, 33, foi preso por policiais da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS). Segundo a PC, ele matou três mulheres – duas no município de Boca do Acre (a 1.554 quilômetros de Manaus) e uma no bairro da Raiz, Zona Sul da capital.
Na série de crimes que a polícia tem conhecimento, Natan agiu de forma fria e cruel. As vítimas são mulheres solteiras, com idades superiores a 40 anos.
Nos dois primeiros casos, Esmeralda Tocha da Cruz tinha 50 anos e Ana Lúcia Barbosa da Silva, 50. As duas moravam em Boca do Acre. Elas tiveram um relacionamento amoroso com o suspeito. As mesmas foram mortas a golpes de faca, Esmeralda em setembro em 2016 e Ana em julho de 2021. De acordo com a polícia, ele deixou os corpos dentro das casas e depois tocou fogo nos imóveis.
Natan chegou a ser preso, mas serrou as grades da cadeia e fugiu. Ele veio para Manaus no dia 22 de junho de 2022 fez a sua terceira vítima, a aposentada Leonor Maria Nascimento da Silva, 57. Esta foi morta com 73 golpes de faca. De acordo com o delegado titular da DEHS, Ricardo Cunha, a diferença desta para as outras é que ele não ateou fogo na casa, mas levou vários objetos dela.
O suspeito era inquilino de Leonor. O corpo dela foi achado pela filha, que, ao voltar do trabalho, se deparou com a mãe assassinada. Leonor fazia tratamento de câncer, estava fragilizada e foi facilmente dominada por seu assassino.
Desde então, Natan estava sendo procurado por policiais da DEHS.
O delegado Ricardo Cunha fez a divulgação das imagens dele na imprensa e, nesta segunda-feira (23), o assassino em série foi preso no município de Iranduba (a 25 quilômetros de Manaus), em cumprimento a um mandado de prisão.
Natan é considerado como um “serial killer”, um assassino que comete crimes com determinada frequência, geralmente com características semelhantes.
Conforme Ricardo Cunha, Natan pode ser chamado de “serial killer”, tendo em vista que ele já está na terceira vítima mulher.
O delegado aponta que um padrão adotado por Natan para fazer suas vítimas era sempre serem mulheres solteiras e acima dos 40 anos de idade. Ele se aproxima de alguma forma, ganhava confiança dessas pessoas, adquiria vantagens com essa aproximação e, quando alguma coisa desagradava as vítimas, ele acaba matando-as de forma cruel.
De acordo com a delegada Marília Campelo, adjunta da DEHS, Leonor estava sem a calcinha quando foi achada morta. A polícia está investigando e aguarda exames para comprovar se a vítima foi abusada sexualmente antes de ser morta.
Embora a polícia tenha provas, Natan nega ter matado as mulheres. Por conta da morte de Leonora, ele responderá pelo crime de feminicídio e ficará à disposição da Justiça.
Fonte: acrítica
