Foi descoberto um ninho ativo da harpia (Harpia harpyja) no Pantanal de Mato Grosso do Sul, na região de Corumbá espécie considerada a maior águia do mundo. O registro é resultado de uma recente expedição científica. A harpia impressiona por sua envergadura, que pode exceder 2,20 metros, e por seu peso, acima de 11 quilos, fazendo dela uma das aves de rapina mais imponentes.
IMPORTÂNCIA DESSA DESCOBERTA
A identificação desse ninho representa um marco para a conservação da espécie, que está ameaçada de extinção. São 13 anos desde o primeiro registro documentado da ave na região do Maciço do Urucum, e agora há evidências de que harpias continuam ocupando esse habitat e são capazes de se reproduzir em áreas preservadas.
Habitat e ameaças
Embora a harpia seja mais frequentemente encontrada em biomas como a Amazônia e Mata Atlântica, sua presença no Pantanal sinaliza que fragmentos de floresta ainda bem preservados são essenciais para sua sobrevivência. Esses redutos oferecem abrigo e presas naturais, como preguiças e macacos.
Entretanto, a espécie enfrenta desafios sérios: desmatamento, expansão agrícola e mineração ameaçam esses ambientes naturais, reduzindo áreas de abrigo, comida e locais seguros para nidificação.
CONSERVAÇÃO E FUTURO
Especialistas destacam que a descoberta reforça a necessidade de medidas de proteção contínuas. Turismo ecológico e observação de aves têm colaborado com o monitoramento e com alertas para populações locais.
Para autoridades ambientais, como Cristina Fleming, diretora-presidente da Fundação do Meio Ambiente do Pantanal, essa espécie emblemática funciona como indicador da saúde ambiental da região.