O Partido Liberal (PL) do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, vai pedir a anulação das eleições realizadas no dia 30 de outubro em que Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito por margem estreita, considerando que “não é possível validar a resultados gerados em todas as urnas eletrônicas» correspondentes aos modelos mais antigos.
Segundo nota divulgada com exclusividade pelo jornal brasileiro O Antagonista , estudos estatísticos identificaram interferência indevida nos percentuais de votação. Coincidindo com o relatório técnico apresentado da Argentina pelo grupo “O Brasil Foi Roubado”, o Partido Liberal alega que “não validar os resultados gerados em todas as urnas eletrônicas dos modelos 2009, 2010, 2011, 2013 e 2015, resultados que devem ser descartados na totalização das eleições de segundo turno, devido ao mau funcionamento dessas urnas”.
Apesar de o governo de Jair Bolsonaro ter iniciado a transição com a equipe de Lula da Silva e do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, ele havia anunciado na semana passada que a formação política que lidera, que terá as primeiras minorias em ambos Casas do Congresso, fará uma “oposição dura” e enfrentará os “valores comunistas e socialistas” que o governo Lula pode promover, agora que o Partido Liberal se posicionou quanto ao desempenho das urnas.
“Para encontrar evidências de que esse grupo de urnas não funcionou corretamente, foi realizada uma análise inteligente dos dados contidos nos arquivos de registro de urnas de todos os modelos de urnas eletrônicas usadas nas eleições de 2022.”
A organização política chega a esta conclusão depois de ter compilado um banco de dados com todos os arquivos do Boletim de Urna e Log de Urna dos mais de 472.000 computadores usados no dia da votação.
O anúncio foi feito esta terça-feira, dia 15 de novembro, dia em que se celebra a Proclamação da República, feriado que os manifestantes que permanecem nas ruas protestando contra o resultado eleitoral também aproveitaram para apelar ao aumento da pressão cidadã. Segundo a mídia Jovem Pan , os manifestantes se reuniram nesta terça perto de quartéis militares de pelo menos 12 estados para pedir o apoio das Forças Armadas.
Desde a noite da eleição, centenas de milhares de apoiadores de Bolsonaro estão nas ruas invocando o artigo 142 da Constituição, que, segundo sua interpretação, permitiria a “intervenção federal”. Eles também protestaram contra o que qualificam de “ditadura judicial”, descrita pelo presidente Bolsonaro como “ditadura da toga”, em referência ao Supremo Tribunal Federal (STF), dominado por magistrados nomeados pelo Partido dos Trabalhadores durante os governos de Lula da Silva e Dilma Rousseff, aos quais se juntou Alexandre de Moraes, indicado por Michel Temer.
PJosé Gregório Martinez- PanamPost