Em nota, entidade afirmou que o candidato do PTB à Presidência da República não tem ‘qualquer vínculo’ com os católicos ‘sob o magistério do Papa Francisco’
Por Alfredo Mergulhão — Rio de Janeiro
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Padre Kelmon (PTB) participa do debate na TV Globo Reprodução
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) publicou uma nota na tarde desta sexta-feira para afirmar que Padre Kelmon, candidato do PTB à Presidência da República, não pertence à Igreja Católica Apostólica Romana. Durante o debate da TV Globo na quinta-feira, Kelmon foi chamado de “padre de festa junina” por Soraya Thronicke (União Brasil) e de “impostor” por Lula (PT).
A nota foi motivada pelos questionamentos que a entidade vinha recebendo. A CNBB então decidiu esclarecer, “em atenção aos fiéis”, se o candidato tem alguma ligação com a Igreja Católica.
“O senhor Kelmon Luís da Silva Souza, candidato que se apresenta como “padre Kelmon”, não é sacerdote da Igreja Católica Apostólica Romana, sem qualquer vínculo com a Igreja sob o magistério do Papa Francisco”, diz a nota.
A CNBB acrescentou que padres da Igreja Católica não são autorizados a concorrer a cargos políticos ou a filiação partidária.
“Oportuno ressaltar que, conforme vigência na Lei Canônica, os padres da Igreja Católica, em pleno exercício do ministério sacerdotal, não disputam cargos políticos, nem se vinculam a partidos”, finaliza o comunicado.
Kelmon se diz padre ortodoxo, mas nunca foi sacerdote das igrejas da comunhão ortodoxa no Brasil, como revelou a colunista do GLOBO Malu Gaspar.
Veja memes gerados pela participação do Padre Kelmon no debate da TV Globo
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O baiano de 45 anos sempre aparece com batina, touca e crucifixo. Especialistas explicam que as vestimentas não são compatíveis com a figura de um padre, de acordo com as convenções religiosas.
Após os questionamentos públicos, Kelmon declarou que é ligado à autoproclamada Igreja Católica Apostólica Ortodoxa del Peru. A instituição religiosa foi fundada pelo peruano Angelo Ernesto Morel Vidal , mas não possui qualquer ligação com a comunhão ortodoxa.
Fonte: o Globo