O anúncio da abertura do processo de licitação pelo Ministério dos Transportes, por meio do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) para contratação de empresa para execução das obras da ponte binacional sobre o Rio Mamoré, ligando as cidades de Guajará-Mirim à Guayaramerin (Bolívia), é mais uma vitória da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (FIERO), que fez dessa agenda uma de suas bandeiras em defesa do desenvolvimento bilateral por facilitar o escoamento dos produtos brasileiros e bolivianos, resultando no intercâmbio de negócios mais atrativo.
O Ministério dos Transportes, por meio do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), divulgou um aviso de licitação no Diário Oficial da União. A licitação, que será realizada de forma eletrônica, tem como objetivo contratar uma empresa para a execução das obras da Ponte Internacional sobre o Rio Mamoré, além dos acessos e complexos de fronteira que conectarão o Brasil, mais especificamente Guajará-Mirim, à Bolívia, em Guayaramerin, pela rodovia BR-425/RO.
Considerada uma obra estratégica para a integração internacional, a ponte ligando os dois países em poucos minutos encerra um ciclo de dependência da travessia que até então é feita por balsas, ou pequenas embarcações, no caso do deslocamento de pessoas. Com 1200 metros de extensão, a ponte contempla além das faixas para veículos e respectivos acostamentos, recuos para a travessia de pedestres.
Para o presidente da FIERO, Marcelo Thomé, “trata-se de uma das importantes obras estruturantes que impulsionará o desenvolvimento regional e efetivará as relações comerciais de Rondônia com os países como a Bolívia, e demais países andinos, se tornando mais uma via alternativa de saída para o Pacífico”, disse, acrescentando que se torna rota para escoamento de produtos brasileiros pelo porto do Chile.
De acordo com o ex-presidente da FIERO, Miguel de Souza, que também já foi diretor do DNIT, esta construção significa “um importante propósito de impulsionar o desenvolvimento da infraestrutura física de integração Sul-Americana e ressaltou ainda que esta ponte faz ligação com a rodovia interoceânica, “Saída para o Pacífico”, projeto pelo qual ele foi o idealizador.
A construção da ponte sobre o Rio Mamoré resgata um compromisso internacional firmado pelo Brasil com a Bolívia há mais de um século, nos termos dos acordos de Notas, de 25 de setembro de 1971, e do Protocolo Adicional ao Tratado de Petrópolis de 1903, de 27 de outubro de 1966. Souza enfatizou que o primeiro anúncio da construção da ponte foi no ano de 2009, cuja a obra estava contemplada no antigo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e que agora retorna com força total para ser finalmente construída.
Mediante a esta situação favorável, e com o anúncio da retomada das obras estruturantes, via PAC, pelo Governo Federal, o senador Confúcio Moura (MDB-RO), que preside a Comissão de Infraestrutura do Senado Federal, confirmou a inclusão desta importante edificação no programa. Segundo Moura, a retomada do processo licitatório vai corrigir um acordo histórico e que trará inúmeros benefícios para Rondônia, para o Brasil e demais países vizinhos.
Fonte Imagem: DNIT
