Imagens divulgadas nas redes sociais nesta semana mostram detentos de presídios em Porto Velho, Rondônia, fazendo símbolos com as mãos que representam organizações criminosas, em uma aparente demonstração de poder e despreocupação. As fotos, que teriam sido tiradas dentro das penitenciárias Urso Panda (Edvan Mariano Rosendo) e Urso Branco (José Mário Alves), geraram revolta entre a população.
Nas imagens, os presidiários aparecem em clima de descontração, exibindo os números “dois/três” com as mãos, símbolo associado a facções criminosas. As fotos levantaram questionamentos sobre como celulares e outros itens proibidos continuam entrando nos complexos penitenciários, mesmo após operações realizadas para coibir irregularidades.
Operação Recentemente Realizada
Na semana passada, o Governo do Estado realizou uma grande operação no complexo penitenciário de Porto Velho para apreender celulares, drogas e outros materiais ilícitos. Apesar dos esforços, a divulgação das fotos expôs a persistência de problemas estruturais nos presídios.
Indignação Popular
A repercussão nas redes sociais foi imediata. Internautas criticaram a aparente facilidade com que os detentos acessam aparelhos celulares e utilizam as redes sociais para exibir ações que desafiam o sistema de segurança pública.
“Enquanto a população de Rondônia sofre com a insegurança nas ruas, dentro das cadeias a realidade parece bem diferente. Presidiários têm acesso a celulares e até às redes sociais, postando fotos diretamente de suas celas, como se estivessem curtindo a liberdade”, escreveu um internauta.
Outro usuário questionou a responsabilidade das autoridades: “Quem facilita a entrada desses aparelhos? Enquanto isso, o cidadão comum continua refém de um sistema que parece mais preocupado em ignorar o problema do que em solucioná-lo.”
Resposta das Autoridades
A Secretaria de Justiça de Rondônia (Sejus) informou que as operações de fiscalização nos presídios continuarão sendo intensificadas para combater a entrada de materiais ilícitos. Além disso, reforçou que investigações estão em andamento para identificar os responsáveis pela facilitação do acesso a esses itens.
A Sejus também destacou que o uso de tecnologia, como scanners corporais e bloqueadores de sinal de celular, tem sido ampliado, mas reconheceu a necessidade de medidas adicionais para garantir maior controle nos presídios.
Preocupação com a Segurança Pública
A divulgação das imagens reacende o debate sobre a gestão do sistema penitenciário em Rondônia e os desafios enfrentados pelo estado para combater o poder das organizações criminosas dentro e fora das cadeias. A sociedade cobra maior rigor na fiscalização e punições severas para aqueles que facilitam o tráfico de materiais ilícitos nos presídios.
A investigação sobre o caso segue em andamento, e as autoridades afirmam que não irão tolerar demonstrações de afronta ao sistema de segurança pública.