Um vídeo que circula nas redes sociais nesta sexta-feira (23) mostra o momento em que Andreina Farías, de 31 anos, morre enquanto pedia por justiça.
Ela era uma mulher venezuelana que buscava melhores oportunidades no Peru há oito anos, e teve sua vida tragicamente interrompida ao ser atropelada por uma minivan ocupada por dois técnicos da PC Telecom, contratada pela Claro Peru. Ela teria sido estuprada pelos técnicos após contratar o serviço de internet, no dia 14 de maio.
Câmeras de segurança em San Bartolo captaram o momento em que Andreina tentou impedir a fuga dos homens, gritando que os denunciaria, após sofrer a violência sexual. Os técnicos, identificados como Rubén Darío Cueva Velásquez e Jean Carlos Montero, entraram na casa de Andreina para instalar um serviço de internet, mas permaneceram por mais de 10 horas, levantando suspeitas.
Imagens mostram os dois saindo às pressas, levando objetos pessoais nas mãos, o que deixou os vizinhos assustados. Após ser abusada, Andreina se pendurou do carro dos técnicos e implorou para chamarem as autoridades.
Essas foram suas últimas palavras: “Chamem a polícia, eles não vão fugir, malditos”. Ela foi brutalmente atropelada pelos homens, que permanecem foragidos. A Claro Peru lamentou o ocorrido, acionou protocolos internos e colabora com as autoridades para esclarecer os fatos.
O prefeito de San Bartolo criticou a falta de socorro à vítima, enquanto amigos e vizinhos pedem justiça e apoio para repatriar o corpo de Andreina à Venezuela. O caso expõe a violência contra mulheres no Peru, onde, só neste ano, 58 feminicídios e 93 tentativas foram registrados até abril, segundo o Ministério da Mulher e Populações Vulneráveis.
A comunidade local realizou uma vigília em memória de Andreina, exigindo punição aos responsáveis.
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